quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Jovens adultos com necessidades especiais procuram emprego na agricultura

JOÃO RELVAS/LUSA
© LUSA / JOÃO RELVAS JOÃO RELVAS/LUSA
Lisboa, 11 fev (Lusa) – Sem ocupação profissional e com dificuldades em integrar o mercado de trabalho, 25 pessoas com necessidades especiais recebem formação agrícola, através do projeto SEMEAR, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, que visa proporcionar-lhes oportunidades de emprego.
De mangas arregaçadas e de enxadas nas mãos, os participantes, entre 18 e 35 anos e com diferentes necessidades especiais, como síndrome de Down, paralisia cerebral ou atrasos cognitivos, aprendem a trabalhar na área da agricultura e jardinagem, através de uma formação certificada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), nos terrenos agrícolas do Instituto Superior de Agronomia, na Tapada da Ajuda.

Organizado pelo Banco de Informação de Pais para Pais (BIPP) – Inclusão para a Deficiência, o SEMEAR “surgiu pela escassez de respostas que existem para jovens a partir dos 18 anos com necessidades especiais, que não encontram soluções para a sua vida em termos de atividade e sobretudo profissionalizantes”, disse à Lusa a coordenadora do projeto e presidente do BIPP, Joana Santiago.
Antes de frequentarem a iniciativa do SEMEAR, os formandos encontravam-se desempregados, referiu a responsável, considerando que “a sociedade ainda não está sensibilizada para as excelentes capacidades que estas pessoas têm, […] que às vezes até podem ter um menor fator de produção, mas que são excelentes trabalhadores”.
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