Um projeto de verão da Stanford University de 2011 demorou alguns anos, mas finalmente saiu do papel e tornou-se uma ferramenta super interessante para pessoas com deficiência visual que gostariam de ter um iPad. É o iBrailler Notes, um aplicativo que permite criar, editar e compartilhar notas em braile.
O app funciona de uma forma relativamente simples: ele coloca o teclado sempre embaixo dos dedos do usuário. Cada vez que a pessoa levanta as mãos, o teclado também “se movimenta”, e, de acordo com os gestos feitos pelo usuário, consegue traduzir os comandos para a formação de palavras. Ou seja, ele não fica só na parte inferior da tela, como os teclados normais. O usuário pode “digitar” em qualquer lugar do display.
Ele utiliza o Braille em Inglês de Nível 1, Nível 2 e também o Braille de Computador com Seis Pontos. Como um teclado em braille é bem diferente de um tradicional, foi preciso fazer esta adaptação. Por isso, o app é gratuito, mas os usuários podem assiná-lo por uma tarifa mensal que libera recursos extras. A ideia é torná-lo acessível para que as pessoas testem e, se gostarem, paguem pelo serviço, que não foi fácil de ser feito.
Juntando este aplicativo a outros recursos de acessibilidade, como o próprio VoiceOver, da Apple, que lê o conteúdo da tela para usuários com deficiência visual, este público já passa a ter uma facilidade de utilização dos dispositivos muito maior.
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