Foto: Divulgação | Cegos de Angola promovem campanha nas redes sociais |
Um grupo de dez angolanos cegos, que vive no Brasil, realiza campanha nas redes sociais e conta com o apoio de personalidades como Bruno Gagliasso e Bruna Marquezine, na busca por assinaturas para mobilizar o Itamaraty e o governo brasileiro para permanecer no Brasil.
Eles, que vivem em Curitiba (PR), desde 2001, e agora estão sob o risco de ter que voltar para seu país de origem por pressão do consulado angolano, que deixou de pagar as bolsas com as quais os jovens se mantinham.
Os angolanos vieram ao Brasil em um grupo inicial de 20 crianças, por intermédio da ONG angolana Fundação Eduardo Santos (Fesa) e pelo Fundo Lwini. Angola vivia sob uma guerra civil e, aqui, seriam educados e receberiam tratamento de saúde.
Por dez anos, moraram no Instituto Paranaense de Cegos (IPC), onde passaram pela alfabetização, tiveram aulas de Atividade da Vida Diária e de informática, concluíram outros cursos e praticaram esportes. Desde 2011, moram em repúblicas.
O visto de cortesia cedido pelo governo brasileiro vai expirar no mês de abril, quando eles terão que voltar, contra sua vontade, para Angola.
Muitos estão prestes a se formar na faculdade, e correm o risco de jogar fora toda a sua vida e voltar para um país que lhes é praticamente desconhecido e que não dispõe de estrutura para pessoas com deficiência visual.
"Chegamos com idades entre 7 e 10 anos. Passamos a maior parte da vida aqui. Todos estudamos, fazemos faculdade e queremos nos formar e ter independência”, explica Isabel, uma das integrantes do grupo, que acaba de concluir o penúltimo ano de Direito.
“Os representantes do consulado disseram que não vai ter conversa e que nosso retorno para Angola está decidido. Não nos deram nenhuma justificativa”, conta Prudêncio Jeferson Tumbika, que iniciará em 2015 o terceiro ano de Jornalismo.
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