De acordo com o documento, "o problema chave está no facto de a pobreza infantil em si não ter sido abordada pelas autoridades portuguesas de uma forma multidimensional".
"É necessário uma estratégia nacional para enfrentar a pobreza infantil, uma que adote uma abordagem coordenada e integrada, reunindo os diferentes departamentos envolvidos (saúde, educação, segurança social, emprego, finanças, economia), definindo objetivos específicos e limitados no tempo com vista à redução da pobreza infantil e da exclusão social", lê-se no relatório.
É lembrado que os últimos dados estatísticos apontavam, para 2011, para um risco de pobreza infantil na ordem dos 28,6% e que as medidas de austeridade adotadas pelo governo desde 2010 conduziram "à negação ou violação dos direitos económicos, sociais e culturais e, como resultado, constituem etapas regressivas no gozo desses direitos pelas crianças portuguesas e pelas suas famílias".
"A verdade é que 23 anos depois da ratificação da Convenção por Portugal, as crianças ainda não são vistas pelos decisores políticos como titulares de direitos", consta no relatório.
Portugal falha combate à pobreza infantil - Portugal - DN
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