autor
António Pereira
Correio do Minho - OpiniãoMas, como alguém dizia neste mesmo espaço, “a escola inclusiva, para que exista precisa acima de tudo, de tempo. Tempo de formação, de auto-formação, de exigência (…) nos processos. E para que haja mudança nos processos as escolas necessitam de tempo.” E eu acrescentaria, precisam também de mais recursos, sobretudo humanos, para que os objetivos inscritos na lei possam ser alcançados.
Efetivamente, no que aos alunos cegos ou com baixa visão se refere, é necessário que os materiais de apoio, em braille, sejam disponibilizados, em tempo útil, pela tutela; é fundamental encontrar soluções que permitam um efetivo apoio nas disciplinas em que as limitações visuais representam uma particular dificuldade; e ultrapassar dificuldades na contratação de docentes especializados no ensino da orientação e mobilidade e no treino de atividades de vida diária e a promoção de competências sociais.
Destas e doutras dificuldades se falou em recente reunião com os pais dos alunos do agrupamento em que, em conjunto, se refletiu sobre ‘o estado da arte’. Das conclusões informaremos a tutela. Felizmente, a escola pode hoje contar com pais mais atentos, mais conhecedores da realidade e mais empenhados na construção de soluções que respondam às necessidades dos seus filhos. Em conjunto, teremos mais condições de ir fazendo caminho em direção a uma escola verdadeiramente inclusiva.
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