sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Aluna da U.Minho cria andarilho motorizado para apoio à reabilitação - Correio do Minho - Notícias



Noticiado em: Correio do Minho - Notícias
ENSINO

A Universidade do Minho, através do seu Gabinete para a Inclusão - um dos stands presentes na mostra de instituições que decorreu ontem no Hospital de Braga - apresentou um protótipo de andarilho motorizado para apoio à reabilitação.
Maria Martins, de Engenharia Biomédica e mentora do projecto, explicou ao CM que o objectivo é criar um andarilho inteligente e mais tecnológico para apoiar pacientes que estão em tratamento de reabilitação física, nomeadamente durante a marcha.


“Existem muitos pacientes a quem poderia ser indicado o andarilho, mas acabam por ser indicados para cadeiras de rodas porque o andarilho torna-se um pouco instável para essas pessoas”, explica a aluna que desenvolveu este projecto no âmbito da sua tese de doutoramento.
Conferir ao andarilho estabilidade para servir de ajuda “extra” a estes tratamentos de recuperação é, por isso, a ideia base do projecto.



“O aparelho permite-lhes dar mais segurança, mais estabilidade e outra motivação para o tratamento já que são eles que conduzem o próprio aparelho”, prossegue Maria Martins, acrescentando que o aparelho está equipado com um sistema de segurança que lhe permite parar de imediato quando a pessoa está na iminência de uma queda ou perante um obstáculo.
Este andarilho está concebido para ser alimentado a pilhas.



O protótipo está ainda a ser ultimado em labora
tório, em estreita colaboração com o Hospital de Braga e uma empresa de material ortopédico.
Maria Martins explica ainda que este andarilho permitirá quantificar o tratamento. 
“Os tratamentos de reabilitação são efectuados com base essencialmente na observação. É através dela que o médico verifica se o paciente está apto a passar para outro dispositivo ou apresenta melhorias. A nossa ideia é quantificar a situação, as melhorias através de uma análise da marcha”.



A aluna de mestrado da Universidade do Minho acredita que este protótipo passe a realidade efectiva dentro de três anos, considerando que o processo de certificação é o que demorará mais tempo.
Falando em termos institucionais Sandra Rodrigues, responsável do Gabinete para a Inclusão da Universidade do Minho referiu para por este espaço passam, anualmente, cerca de 90 estudantes com todo o tipo de deficiência.



“Este é, no entanto, um número muito variável ao longo do ano porque enquanto que uns acabam o curso outros entram para começar os seus estudos”, diz a responsável.
Sandra Rodrigues explica que o gabinete possui equipamentos especializados onde os estudantes podem realizar os seus trabalhos, alguns dos quais estiveram ontem expostos no hospital de Braga. “Fazemos adaptação de material de estudo para estudantes portadores de deficiência visual”, prossegue a responsável.

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