Um cego, um surdo, uma cadeirante, duas jovens com Síndrome de Down e um jovem sem deficiência. O que eles têm em comum? Todos lutam pela igualdade de oportunidades, reconhecendo as diferenças.  De 26 a 28 de agosto acontece em Brasília o 2º Encontro Brasileiro de Juventude pela Acessibilidade (Juva), que reúne 50 jovens de diversos estados brasileiros para promover os direitos de pessoas com deficiência. O evento é uma realização da ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão. O Portal da Juventude conversou com alguns jovens que participam do evento.

Alisson Azevedo, 33, Goiânia (GO)
Queremos levar as diferentes percepções dos jovens cm deficiência para a construção de políticas públicas inclusivas. Temos demandas diferentes e que precisam ser contempladas nas suas especificidades. Hoje, a audiodescrição é nossa principal pauta, que garante que os cegos possam usufruir de espetáculos, cinema e TV de forma inclusiva.
Vinícius Tadeu, 17, Rio de Janeiro (RJ)
Estamos juntos aqui para fortalecer a pauta da acessibilidade para as pessoas com deficiência. Aqui é um espaço para ensinar e aprender sobre as necessidades do outro. Precisamos ter nossos direitos garantidos. Nós, surdos, precisamos de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) nas escolas, hospitais e outros espaços públicos.
Fabíola Silpin, 30, Brasília (DF)
Estar aqui é uma novidade. Estou aprendendo muito sobre as outras deficiências porque antes eu só vivia no meu mundo. Com as minhas pautas para locomoção e mobilidade para pessoas que usam cadeira de rodas. Agora estou aprendendo mais sobre as necessidades dos outros.
Manuela Vale Freire, 18, Natal (RN)
Eu acho importante as pessoas saberem como a gente é. Todos nós temos nossas diferenças. Ninguém é igual. E todos nós podemos estudar, trabalhar. Minha escola em Natal trabalha a inclusão para pessoas com várias deficiências, mas muitas escolas não se preocupam com isso.
Jéssica Mendes de Figueiredo, 23, Brasília (DF)
Temos que estar dispostos a o tempo inteiro incluir. Eu sou fotógrafa e quero levar a pauta dos Direitos Humanos da pessoa com deficiência para todas as pessoas. Quero poder incluir na sociedade as pessoas com Síndrome de Down. E quero poder sensibilizar mais e mais pessoas.
Luciano Silva, 19, Rio de Janeiro, (RJ)
Mesmo sem ter uma deficiência, estar aqui é um espaço onde eu posso ampliar o meu conhecimento e crescer como pessoa. Muitas vezes, as pessoas que não têm deficiência não sabem como ajudar ou como se portar diante de uma pessoa com deficiência. Eu estou aqui para aprender, fazer contato e adquirir conhecimento.
Texto: Ascom/SNJ
Fotos: Danilo Castro/SNJ