A oferta de hotéis acessíveis em Lisboa é limitada, apesar do grande número de hóspedes com deficiência potenciais
Ultimamente Lisboa tem vindo a ser reconhecida como um destino de eleição por muitos turistas, muito embora a cidade seja muito pouco acessível para as Pessoas com Mobilidade Reduzida. Os responsáveis pela cidade deveriam começar a incluir no seu discurso a temática da inclusão no âmbito da acessibilidade. Uma cidade acessível e inclusiva será sempre uma cidade mais acolhedora e mais humana. A Hotelaria, por sua vez, também ainda não despertou para esta questão. Receber quem nos visita de forma a não excluir ninguém é uma mais-valia para o setor e para a cidade.
A criação de condições adequadas a clientes com necessidades especiais representa ainda uma promissora oportunidade de negócio, comprovada por estudos já realizados em países que já despertaram para esta realidade.
Apesar de Lisboa ser capital de um país em que 18% da população tem algum tipo de incapacidade e estar situada num continente com 127 milhões de pessoas com algum tipo de limitação, a oferta de quartos acessíveis representa menos de 2% da oferta total de alojamentos.
A grande maioria dos hotéis lisboetas não encara estas pessoas com normalidade. Cerca de 48% dos hoteleiros ainda ponderam se o Turismo para Todos merece ou não ser desenvolvido e 33% consideram que a inclusão de clientes com necessidades especiais é uma questão de responsabilidade / solidariedade social, e não uma oportunidade de negócio.
Esta falta de visão e as graves falhas da fiscalização envergonham-nos a todos. Afinal somos um povo que se diz ‘saber receber’.
Num contexto internacional iluminado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), que Portugal também ratificou, é importante que o Turismo – e neste caso a Hotelaria – deem o seu contributo para a criação de uma sociedade para Todos.
A Organização Mundial do Turismo atualizou em setembro do ano passado as recomendações sobre o Turismo acessível a todos e prevê que, em 2020, as pessoas com algum tipo de incapacidade representarão 25% dos 1,56 mil milhões de chegadas mundiais.
Fonte: minuto acessível
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sábado, 1 de fevereiro de 2014
Lisboa: Hotelaria versus Acessibilidade
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