É um lugar comum dizer-se que as crianças são o futuro. É uma verdade à la Palisse.
Porque são o futuro, as crianças devem ser o melhor tratadas que for possível. Devemos investir nelas tudo o que pudermos.
Parece tratar-se de uma questão consensual e arrumada mas não é. Em resultado de políticas erradas, designadamente dos governos da direita, acontecem situações, que parecem surrealistas mas que infernizam as vidas das crianças e das suas famílias.
Um professor entrou de baixa por um período previsível de duas semanas. Esperava-se que, como era pratica corrente, fosse substituído por outro colega, os chamados professores de substituição. Mas não! Porque a lógica da gestão pública que impera é a da redução de custos e quanto mais cortarem mais as gestões são apreciadas pelas tutelas, não existem mais, pelo menos em número suficiente, professores de substituição e os alunos do professor que entrou de baixa são distribuídos por outras turmas, incluindo de anos diferentes. E os alunos com necessidades educativas especiais (nee) são "depositados" na sala de multideficiência. E a complicar ainda um pouco mais a situação, nalguns casos, os professores de ensino especial, em número insuficiente (4 em 11 necessários) são convocados para as referidas substituições, deixando os alunos com nee totalmente entregues a auxiliares de educação, que, por mais profissionais que sejam, não têm a obrigação que aqueles têm.
Não é desta forma que se cuida do futuro!
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