terça-feira, 22 de abril de 2014

Pedro Homem de Gouveia. "Se nada for feito, teremos cada vez mais lisboetas fechados em casa" | iOnline

Pedro Homem de Gouveia. "Se nada for feito, teremos cada vez mais lisboetas fechados em casa" | iOnline

Pedro Homem de Gouveia
Pedro Homem de Gouveia. "Se nada for feito, teremos cada vez mais lisboetas fechados em casa"

O coordenador do Plano de Acessibilidade Pedonal quer fazer de Lisboa uma cidade acessível a todos. Para isso é preciso mais do que substituir a calçada


O Plano de Acessibilidade Pedonal prevê fazer de Lisboa uma "cidade para todos". Feito o diagnóstico das barreiras à mobilidade, a câmara municipal promete agora eliminar os entraves arquitectónicos na capital até 2017. Pedro Homem de Gouveia coordenou os trabalhos para construir o programa. Arquitecto da Câmara Municipal de Lisboa desde 2003, garante que o plano é o projecto mais desafiador em que já esteve envolvido. Mas salienta que "é principalmente um grande desafio para a cidade". E um objectivo central para evitar que cada vez mais idosos fiquem a ver a cidade pela janela.
Qual é o principal problema de Lisboa em matéria de acessos?
A falta de estratégia da câmara e da comunidade é o grande problema a que o programa pretende dar resposta. Por isso é que o plano é uma estratégia que define um conjunto de prioridades para a cidade. O seu objectivo é, em quatro anos, pôr a Câmara Municipal de Lisboa a mexer, a mover-se, a andar na direcção certa.
Como foi elaborado?
Foi feito por um conjunto de sete técnicos que, durante o mandato anterior, procuraram interagir com diversos serviços municipais, auscultaram a sociedade civil, ou seja, recolheram depoimentos individuais, ouviram idosos, munícipes com deficiência, interagiram com a esmagadora maioria dos operadores de transportes públicos, agentes da área do turismo, do comércio local, associações de moradores, etc. As soluções que o plano define não foram criadas em laboratório, resultaram de um intenso diálogo com as forças vivas da comunidade.
É um plano concretizável?
O plano não é uma lista de desejos para o Pai Natal. Houve a preocupação de criar um plano viável e executável, está feito de forma a ser posto em prática. Os diversos constrangimentos que existem ou que venham a surgir não são suficientes para impedir a execução do plano.
As zonas históricas são as mais problemáticas, por terem uma população mais envelhecida?
Existem problemas em toda a cidade. Não queremos fazer essa divisão, porque em alguns casos poderia servir para não pôr a facilidade de acessos como prioridade apenas em alguns locais.
Lisboa está preparada para o envelhecimento da população?
ver mais aqui



Sem comentários:

Enviar um comentário