domingo, 23 de março de 2014

UM CURRICULUM DE FAZER INVEJA AO SERVIÇO DO DESPORTO PARA TODOS.

Georgette Vidor de cadeira de rodas, em frente ao Clube de Regatas do Flamengo, onde atuou por 20 anos como técnica


Georgette Vidor Mello nasceu em 10 de maio de 1958, no Rio de Janeiro, Brasil. Com licenciatura plena em Educação Física pela UFRJ, é atualmente coordenadora técnica do Projeto “Esporte Para Todos”, promovido pela Ong Qualivida e supervisora geral das arenas de Ginástica Artística da Holding BodyTech, nas seguintes unidades: na Barra da Tijuca o Città, inaugurada em 2005 e O2 em 2011, Norte Shopping, no subúrbio do Rio de Janeiro, inaugurada em abril de 2007 e Brasília inaugurada em 2008.

Desde os quinze anos de idade, trabalha como professora de ginástica artística (antiga ginástica olímpica) e possui um currículo com uma coleção invejável de títulos, conquistados em todos os clubes em que atuou em mais de 40 anos a frente da ginástica artística, 20 anos como técnica do Clube de Regatas do Flamengo, 15 anos de seleção brasileira e 4 anos  como coordenadora das seleções nacionais femininas. Conquistou mais de 50 títulos, desde estaduais, nacionais  e internacionais tais como: Copas do Mundo, Campeonatos Mundiais, Jogos Sulamericanos, Panamericanos e Olímpicos, Torneios Amistosos, Campeonatos  Sulamericanos, pan-americanos e o já extinto jogos ibero-americanos.

A história de Georgette Vidor se confunde com a da Ginástica Artística Feminina do Brasil, que teve um grande desenvolvimento através dos grandes resultados internacionais. Trouxe para o Brasil as primeiras medalhas panamericanas de ouro ( Havana – 1991) e a primeira medalha mundial ( prata – Gent 2001).

Sendo uma das  técnicas mais respeitada do país, Georgette Vidor trabalhou no Fluminense F.C. (RJ), na Yashi (SP), na Seleção Brasileira de Ginástica Artística e no Clube de Regatas do Flamengo (RJ), onde acumulava os cargos de Supervisora Geral de Ginástica Artística e Técnica Chefe da Equipe Principal Feminina. As grandes conquistas do Flamengo ocorreram sob sua direção, mesmo após o trágico acidente em 1997, que a deixou paraplégica. Deixou um legado no CR do Flamengo que mantem o clube até os dias de hoje, como um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento de grandes campeões e campeãs do Brasil.

Aluna de ballet clássico na academia Tatiana Leskova durante 8 anos, Georgette Vidor também fez jazz em inúmeras academias, sendo as de Marly Tavares e Lenny Dale as principais. O início da sua carreira como treinadora se deu aos 15 anos de idade, no Fluminense Football Club, depois que seu professor, percebendo seu dom para dar aulas e sua falta de futuro como ginasta, lhe ofereceu a primeira turma da escolinha de ginástica artística.

Já no primeiro ano de atividade, aplicando a disciplina e a exigente técnica do ballet, Georgette mostrou a diferença do seu trabalho, deixando claro que não pretendia ser apenas mais uma treinadora. Ela sonhava mais alto e fez sua primeira campeã estadual, Cristina Gonçalves, apenas quatro anos depois.

Aos 19 anos de idade, Georgette Vidor foi para a Europa e estudou francês, dança e ginástica na França. Interessado no seu trabalho, o Flamengo a contratou, dando início a uma série incontável de vitórias na ginástica artística.

Tendo feito curso de arbitragem, Georgette conciliou as carreiras de técnica e de árbitra até 1997, quando, no dia 27 de maio, ocorreu o acidente com o ônibus em que viajava com sua equipe. O acidente a deixou paraplégica e afastou Úrsula Flores e Beatrice Martins (ambas suas ginastas e da seleção nacional) da ginástica artística.

Georgette Vidor hoje prepara cerca de 50 profissionais, entre professores e estagiários de educação física. Sobre sua orientação estão hoje cerca de 3.000 alunos de todas as faixas etárias de 8 meses à idade adulta, supervisionados na ONG Qualivida e na Holding BodyTech e nas seleções brasileiras femininas de Ginástica Artística. Já passaram pelas mãos da técnica Georgette Vidor 52 ginastas, que formadas por ela chegaram a seleção brasileira, com destaque para as olímpicas Luísa Parente, Soraya Carvalho e Daniele Hypólito.

Em 2008, Georgette Vidor deu o primeiro passo de retorno às competições estaduais e nacionais, após sua retirada em 2004. Com a Ong Qualivida e a Body Tech, retornou aos lugares mais altos do podium. Desde Fevereiro de 2009 coordena a Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística com a meta de  de conquistar para o Brasil nos jogos de 2016, a tão sonhada medalha olímpica.

Curriculum Político

Em 2002, Georgette Vidor se elegeu Deputada Estadual com 50.350 votos. Seis meses depois, por não se compatibilizar com as ideias do partido que estava, mudou para o PPS, partido do qual milita até hoje.

Sem ter inserção do partido durante os 4 anos de mandato e 8 segundos apenas de televisão na época de campanha, não conseguiu sua reeleição. Fez 23.450 votos, com uma campanha muito simples, uma nominativa sem poder de voto, ficou impossível sua reeleição.

Como Deputada, Vidor criou a primeira Comissão Permanente em Defesa das Pessoas com Deficiência em Assembleias Legislativas Estaduais do Brasil. Criou o selo de Acessibilidade (ouro, prata, bronze), realizou seminários anuais nas áreas da Deficiência, Reabilitação e Educação Física. Criou um programa na TV Alerj sobre a vida das pessoas com deficiência.

Georgette Vidor honrou seu mandato, tendo deixado saudade na Alerj, pelo seu profissionalismo e compromisso com a população do Estado do RJ. Durante 9 anos no PPS, fax parte da Executiva do Partido e auxilia na preparação dos candidatos à Prefeitura, Vereadores, Deputados Estaduais e Federais. Atualmente comanda a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, no Município do Rio de Janeiro.


À frente da Secretaria (SMPD) desde maio de 2011, a convite do prefeito Eduardo Paes, Georgette implantou uma gestão moderna pouco vista em órgãos públicos pelo Brasil. Com a rigidez e comprometimento fundamentais no esporte, trouxe os mesmos valores para a Secretaria, onde contribui para que pensamento coletivo de que “o que é de graça, é de má qualidade” tenha mudado no órgão. Resumidamente, três pilares são a sustentação de sua gestão: organização, comprometimento e qualificação profissional. Juntos, acredita Georgette, esses pilares melhoram a qualidade de vida das pessoas com deficiência.

Fonte: Georgette Vidor e Blog Turismo Adaptado

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