23-05-2014 11:21:48
Luís Miguel RIcardoCoordenador editorial
São Torpes, 10 de maio de 2014.
O dia estava quente, mas bulia uma nortada que agitava guarda--sóis, sacudia cabeleiras, beijava rostos e desassossegava um gentio trajado de amarelo com um dito cravado nas costas: “Não queremos saber se é difícil, queremos saber se é possível.”
À entrada do areal havia uma tenda grande, que também dançava a melodia do vento, e que tinha à entrada uma placa de madeira firme que a identificava como “A fábrica dos sorrisos”.
Dentro dela, à volta dela, atrás dela, à frente dela, havia quem sorrisse de apreensão, de incerteza, de receio, de vontade, de alegria e também havia quem não sorrisse.
Mas com o avançar da manhã, os operários dos sorrisos, os tais que trajavam maioritariamente de amarelo, começaram a laborar e a praia transformou-se num sorriso só.
Sorria o mar tranquilo, as ondas brincalhonas, o areal pachorrento, o sol imponente, as pranchas de surf impacientes, os fotógrafos atentos, os transeuntes curiosos, os monitores aplicados, os surfistas extasiados.
A fábrica dos sorrisos estava agora a produzir em pleno e a pôr em prática o seu primado de ação, alheando-se das dificuldades e possibilitando sensações singulares.
E guiada por esse lema, a fábrica conseguiu impregnar nos rostos e almas daqueles consumidores especiais (mobilidade reduzida e/ou défices cognitivos) sorrisos para a vida. Sorrisos eufóricos, na vertigem das ondas; sorrisos eternos, na calmaria da memória, sempre que a reminiscência os fizer regressar àquele dia, àquela manhã, àquela tarde, em que em cima de uma prancha, ao sabor do ritmo divertido das vagas, fintaram os agrilhões do destino e foram livres, e foram felizes, e foram sorrisos.
“A fábrica dos sorrisos” é uma iniciativa promovida pela SURFaddict (Associação Portuguesa de Surf Adaptado) e que tem por objetivo proporcionar o contacto com a modalidade a pessoas com necessidades especiais. Os eventos realizam-se ao longo de toda a costa portuguesa, durante os meses de primavera e verão, e contam com a participação de dezenas de voluntários em cada dia de atividade (cerca de 60).
Depois de Portimão e São Torpes, seguem-se Peniche (junho), Figueira da Foz (agosto) e Carcavelos (setembro). As participações são gratuitas e os sorrisos são garantidos.
O dia estava quente, mas bulia uma nortada que agitava guarda--sóis, sacudia cabeleiras, beijava rostos e desassossegava um gentio trajado de amarelo com um dito cravado nas costas: “Não queremos saber se é difícil, queremos saber se é possível.”
À entrada do areal havia uma tenda grande, que também dançava a melodia do vento, e que tinha à entrada uma placa de madeira firme que a identificava como “A fábrica dos sorrisos”.
Dentro dela, à volta dela, atrás dela, à frente dela, havia quem sorrisse de apreensão, de incerteza, de receio, de vontade, de alegria e também havia quem não sorrisse.
Mas com o avançar da manhã, os operários dos sorrisos, os tais que trajavam maioritariamente de amarelo, começaram a laborar e a praia transformou-se num sorriso só.
Sorria o mar tranquilo, as ondas brincalhonas, o areal pachorrento, o sol imponente, as pranchas de surf impacientes, os fotógrafos atentos, os transeuntes curiosos, os monitores aplicados, os surfistas extasiados.
A fábrica dos sorrisos estava agora a produzir em pleno e a pôr em prática o seu primado de ação, alheando-se das dificuldades e possibilitando sensações singulares.
E guiada por esse lema, a fábrica conseguiu impregnar nos rostos e almas daqueles consumidores especiais (mobilidade reduzida e/ou défices cognitivos) sorrisos para a vida. Sorrisos eufóricos, na vertigem das ondas; sorrisos eternos, na calmaria da memória, sempre que a reminiscência os fizer regressar àquele dia, àquela manhã, àquela tarde, em que em cima de uma prancha, ao sabor do ritmo divertido das vagas, fintaram os agrilhões do destino e foram livres, e foram felizes, e foram sorrisos.
“A fábrica dos sorrisos” é uma iniciativa promovida pela SURFaddict (Associação Portuguesa de Surf Adaptado) e que tem por objetivo proporcionar o contacto com a modalidade a pessoas com necessidades especiais. Os eventos realizam-se ao longo de toda a costa portuguesa, durante os meses de primavera e verão, e contam com a participação de dezenas de voluntários em cada dia de atividade (cerca de 60).
Depois de Portimão e São Torpes, seguem-se Peniche (junho), Figueira da Foz (agosto) e Carcavelos (setembro). As participações são gratuitas e os sorrisos são garantidos.
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