terça-feira, 28 de abril de 2015

Orientações para produção de apresentações com acessibilidade comunicacional

TURISMO ADAPTADO
by Ricardo Shimosakai
Intérpretes de língua de sinais bem treinados são importantes para se ter uma boa compreensão do texto ou fala
Intérpretes de língua de sinais bem treinados são importantes para se ter uma boa compreensão do texto ou fala
Por Elizabeth Kahn, com adaptação de Francisco Lima
Os intérpretes de Libras são uma acomodação necessária para as pessoas surdas que usam a língua de sinais como um meio de comunicação social. São tradutores necessários em tribunais, hospitais, reuniões e praticamente qualquer situação em que haja uma interação entre pessoas surdas e aqueles que se comunicam apenas por meio da fala oral.
Como a deficiência visual (a cegueira ou a baixa visão) não aparenta ser uma “barreira fundamental à comunicação”, acomodações paralelas não têm, em geral, sido buscadas ou, sequer sido consideradas necessárias para os locais e situações acima mencionados.
Reflita, no entanto, sobre a seguinte situação real: O marido da minha amiga, que é cega e trabalha para uma das maiores empresas de tecnologia e softwares do mundo, rotineiramente participa das reuniões internas e conferências do setor, onde se espera que ele "dê conta de tudo", durante apresentações em PowerPoint e reuniões, em que muitas vezes notebooks inteiros carregados de material são dados como apostilas. Na Q & A, espera-se, também, que ele participe de formações e discussões e reconheça pela voz pessoas com quem ele talvez jamais tenha conversado. Como um bônus, o software proprietário usado na empresa, o que ele deve usar para o trabalho, trava seu leitor de tela.
Apesar disso tudo, ele não fica para traz. Em uma frase: a acessibilidade comunicacional ainda não alcançou o local de trabalho.
Em resposta à falta de informações sobre a acessibilidade comunicacional, é necessária a informação dos gestores públicos e privados sobre a obrigatoriedade legal dessa acomodação, a respeito dos benefícios que o investimento em acessibilidade em geral pode trazer para a empresa e para os trabalhadores com deficiência.
A Língua Brasileira de sinais para os trabalhadores surdos falantes de Libras e a áudio-descrição, para os trabalhadores com deficiência visual (as pessoas cegas ou com baixa visão) são exemplos de acomodação de acessibilidade comunicacional e deverão ser disponibilizadas gratuitamente a todos os trabalhadores que informarem precisar dessa ajuda técnica, isto é, dessa tecnologia assistiva.
Importante!
A áudio-descrição deve ser provida de modo que todos e quaisquer elementos visuais nas reuniões, incluindo slides, clipes de filmes, diagramas, tabelas, gráficos e objetos sejam lidos ou áudio-descritos.
Orientações para apresentações com acessibilidade visual
1. Se você estiver usando slides(PowerPoint), faça uma pausa em sua apresentação, para que os slides possam ser descritos e/ou lidos (ou você mesmo pode lê-los)).
a- Se você estiver usando uma lista de itens em seu slide, leia cada um deles antes de discutir o assunto.
2. Se você tiver recursos visuais, faça uma pausa em sua apresentação, para que possam ser áudio-descritos (ou descreva-os você mesmo).
a. Os recursos visuais incluem fotografias, diagramas, desenhos, mapas, gráficos, tabelas etc.
b. Lembre-se de que alguns de seus espectadores podem ter baixa visão, necessitando, portanto, de esclarecimentos (descrição) do o que está sendo projetado.
3. Uma vez que nem todos os participantes de sua plateia serão cegos, podendo haver entre eles pessoas com baixa visão, você deve fornecer versões de suas apostilas (cópias dos slides) com fontes grandes, cheias (arredondadas) e com um bom contraste de cores.
* Com efeito, a distribuição de cópias dos slides em fonte ampliada é sempre uma boa opção, especialmente se você estiver fazendo apresentações em salas grandes.
a. Para slides, a versão de página inteira no "preto no branco" pode ser suficiente.
b. Se você tem material colorido, o texto preto em um fundo branco ainda é o mais visível.
c. Prefira fundos simples e com cores contrastantes, como os dos templates do PowerPoint. Modelos sofisticados não fazem mais do que produzirem ruído visual e são mais difíceis de ler para todos.
d- Se você for ou estiver participando de reuniões, formações, seminários, palestras, conferências etc. com áudio-descrição, adiante-se e ofereça ao áudio-descritor ou à comissão responsável, seu nome e, se possível, uma foto para que o tradutor visual o possa reconhecer numa discussão, identificá-lo em uma mesa de apresentação e saber seu nome, quando ele for áudio-descrever.
* Contudo, não se esqueça de dizer seu nome e sua afiliação (de onde você é, o nome de sua empresa ou instituição de origem), antes de começar sua fala.
Fonte: Ler para Ver
ver aqui 

sábado, 25 de abril de 2015

Reportagem de jornalista do “Diário do Alentejo” distinguida com Prémio Dignitas 2014 - PARABÉNS



23-04-2015 11:37:02
A reportagem “Falar com quem não consegue ouvir”, da autoria de Nélia Pedrosa, jornalista do “Diário do Alentejo”, publicada neste jornal no dia 13 de junho de 2014, foi distinguida com o Prémio Dignitas 2014. O Prémio Dignitas,promovido pela Associação Portuguesa de Deficientes, visa premiar os melhores trabalhos, publicados ou difundidos nos media portugueses, por profissionais da comunicação social, cujo tema seja a deficiência, e que promovam a dignidade das pessoas com deficiência, os seus direitos e a inclusão social. Tem o patrocínio da MSD e da Escola Superior de Comunicação Social. Esta edição, a 7.ª, conta com o alto patrocínio da Assembleia da República. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar no próximo dia 5 de maio, no auditório novo da Assembleia da República. 

25 Abril - APD - Assoc. Portuguesa Deficientes - Braga

quinta-feira, 3 de abril de 2014

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DEFICIENTES

No âmbito da comemoração dos 40 Anos do 25 de Abril, a delegação distrital de Braga da APD vai apresentar murais alusivos à Revolução de Abril de 1974, a que se seguirá a pintura de um painel no dia 5 de Abril, a partir das 14:30 horas, na sede da delegação (Rua do Raio n.º 2 - Braga), aberta à população.

O QUE TROUXE ABRIL DE 1974 ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

  • Liberdade de associação;
  • Benefício de direitos extensivos a toda população, consagrados na Constituição da República;
  • Abertura ao conhecimento de modelos e métodos de organização que levaram a uma intervenção reivindicativa pelo cumprimento dos direitos humanos;
  • Oportunidade de lutar contra o estigma em relação às pessoas com deficiência;
  • Direito ao sonho de uma vida melhor para todos.

O QUE RESTA ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 40 ANOS DEPOIS

  • Liberdade de associação;
  • Retrocesso nos conceitos e nas políticas sociais para a inclusão.

A luta contra a descrença, o conformismo, por uma sociedade verdadeiramente inclusiva.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

FESTIVAL INTERNACIONAL DE FILMES SOBRE DEFICIÊNCIA ABRE INSCRIÇÕES


Sem título

apresentação / presentation


Em 2015, o Festival Assim Vivemos chega à 7ª edição. É com enorme alegria que iniciamos mais uma busca pelos melhores filmes produzidos no mundo sobre o tema da pessoa com deficiência. Nossa intenção é sempre trazer um painel rico e plural das questões mais atuais e pertinentes que movem as pessoas com deficiência nas mais diferentes culturas.
Para isso, procuramos compor a seleção com filmes que retratam as pessoas, colocando-as como protagonistas de sua história, tanto em abordagens mais sociais e públicas, quanto em abordagens privadas, subjetivas e pessoais. Trazemos filmes que criam sua própria linguagem e que se diferenciam das reportagens que vemos frequentemente na TV e na internet.
O Festival Assim Vivemos se orgulha de ter sido o pioneiro na acessibilidade em produtos cultuais e de ter introduzido no Brasil a Audiodescrição, recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Ao longo desses 10 anos, vimos a acessibilidade em produtos culturais ganhar espaço na TV, nos teatros e em grandes eventos, como a Conferência das Nações Unidas, Rio+20. É um indicador de um processo mais amplo de compreensão da importância da inclusão das pessoas com deficiência de forma universal.
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p u r p u r i n a r: Ser um voluntário é mais fácil do que você imagina...

p u r p u r i n a r: Ser um voluntário é mais fácil do que você imagina...: Você pode fazer isso agora mesmo, no conforto de sua casa, no seu computador ou no celular. Siga o roteiro que criamos para você......

p u r p u r i n a r

Projeto sem fins lucrativos que oferece áudios e palestras a pessoas com deficiência.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

"Da meritocracia considerada como uma das belas-artes" ou uma forma de relembrar os crimes nazis para com as pessoas dom deficiencia...

...leia aqui todo o artigo de opinião

A facilidade com que esta fronteira é cruzada pode constatar-se pela frequência com que podemos ouvir reputados professores universitários, com uma formação que sugeriria maior sensatez e um cargo que recomendaria maior humanidade, defender a transformação da sociedade portuguesa numa sociedade meritocrática e defender que o mérito seja o único critério de acesso a qualquer benesse que a sociedade disponibilize ao cidadão. Dar-se-ão conta de que foi esta a argumentação usada pelos nazis para defender a eutanásia dos deficientes, aqueles que tinham "uma vida que não merecia ser vivida", uma vida sem mérito?
E dar-se-ão conta de como é tristemente cómico vê-los, a todos estes defensores da meritocracia e da excelência académica, beijar o anel de Miguel Relvas sempre que a ocasião se proporciona?
...

terça-feira, 14 de abril de 2015

Êtres d'exclusion ou d'exception? Démystifier le syndrome d'Asperger

Diversity & Inclusion – Love Has No Labels

Europe for Us - The newsletter of the European Platform of Self-Advocates

Europe for Us! 
The newsletter of the European Platform of Self-Advocates  
 

      Hello to all self-advocates,

I hope you all had a refreshing winter!
This is the January-March edition of Europe for Us!
Click here to read the newsletter.
I hope you enjoy reading it.

Best regards, Soufiane El Amrani.
 
      Bonjour à tous les auto-représentants,

J'espère que vous avez tous et toutes passé un bon hiver!
Vous avez ici le numéro Janvier-Mars de L'Europe pour tous!
Cliquez ici pour lire le journal.
J’espère que les articles vous intéresseront.

Cordialement, Soufiane El Amrani.
 
      Liebe Selbstvertreter,
  
Ich hoffe ihr hattet eine schöne Winter.
Dies ist die neue Januar-März  Europa für alle!
Um den Rundbrief zu lesen, klicken Sie hier.
Ich hoffe, dass Sie beim Lesen dieser Themen Freude haben.

Mit freundlichen Grüssen, Soufiane El Amrani. 
 
      Hola a todos los autogestores,     
 
Espero que hayan pasado un buen invierno.
Aquí tenéis la edición enero-marzo de ¡Europa para todos!
Haz clic aquí para leer el boletín informativo.
Espero que disfrutéis la lectura.

Saludos, Soufiane El Amrani.
 
Inclusion EuropeT. +32-2-502 28 15 
F. +32-2-502 80 10
A. Rue d'Arlon 55
1040 Brussels, Belgium
W
 www.inclusion-europe.org 

Inclusion Europe is the European voice and representation of people with intellectual disabilities and their families
 
You'll need Skype CreditFree via Skype


http://www.inclusion-europe.com/images/Jan-March%20FR_2015_europeforus.pdf

domingo, 12 de abril de 2015

Reabilitação da piscina terapêutica do CPCBeja custa 30 mil euros

Rádio Pax - 12/04/2015 - 00:05
Reabilitação da piscina terapêutica do CPCBeja custa 30 mil euros
ver aqui

O projecto “Gota a Gota”, da responsabilidade do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, está a angariar fundos para a reabilitação da piscina terapêutica do Centro.
A recuperação ascende os 30 mil euros. Um orçamento “bastante elevado”, nas palavras de Ana Baptista, presidente da direcção do CPCBeja. O “Gota a Gota” está ainda numa fase inicial mas já foi possível angariar algumas verbas junto de empresas da região.
Este domingo, várias entidades e pessoas singulares reuniram-se numa Corrida e Caminhada Solidária, no Parque da Cidade em Beja, onde cada participante procedeu a um donativo simbólico a favor do projecto.
Ana Baptista realça as condições especiais da piscina terapêutica, quanto ao aquecimento da água, adequadas às necessidades dos utentes com condicionantes de mobilidade. Um equipamento que é único no panorama distrital.
 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Empresa cria óculos que faz daltônicos enxergarem todas as cores pela primeira vez


POR 


A empresa americana Valspar, uma das gigantes do setor de tintas, confeccionou o objeto em parceria com a EnChroma. O óculos desempenha a função de separar as cores e derivações do vermelho e do verde, que geralmente são percebidas como iguais pelos daltônicos, corrigindo a visão deficiente. Com o mecanismo, os portadores da doença conseguem enxergar um espectro maior de cores.
Como parte da ação, a Valspar filmou um mini documentário para captar as reações das pessoas que enxergaram pela primeira vez, por exemplo, o pôr do sol com todas suas tonalidades. No vídeo, os participantes também interagem com instalações repletas de matizes.
“Quando ele desenha, eu vejo ele indo e voltando da caixa de giz de cera, umas 150 vezes, às vezes. E agora eu meio que sei o por quê. Tem muito mais cores aqui”, disse um dos personagens do documentário ao ver desenhos feitos pelo filho.

sábado, 4 de abril de 2015

L'oeil et la main A la recherche des chercheurs sourds

L'oeil et la main A la recherche des chercheurs sourds
France 5

L'oeil et la main

A la recherche des chercheurs sourds

Diffusion :

Samedi 4 Avril à 23h00

Durée : 29 min
Genre :

Magazine

Tous publics / 4:3 / Stéréo / Rediffusion / VOST /Sous-titrage Malentendant
Magazine

Sommaire
EHESS, 10 décembre 2014 : Yann Cantin soutient sa thèse de doctorat, en histoire. Trente ans plus tôt, dans le même établissement, le sociologue Bernard Mottez faisait entrer la langue des signes et les sourds pour la première fois dans un cadre universitaire, en ouvrant un séminaire qui a été un des socles du mouvement du Réveil sourd. Aujourd'hui, comme Yann, des sourds se lancent dans la recherche et trouvent une place dans les universités.L’œil et la main propose de se connecter à leur émission et pouvoir revoir les vidéos, s’informer, connaître l’agenda des événements à venir et de participer via le forum.

Actualités

sexta-feira, 3 de abril de 2015

SOS AUTISME - Spot Carl et Mathieu Chedid

A FPDA-Federação Portuguesa de Autismo é uma pessoa colectiva de direito privado com a natureza de instituição particular de solidariedade social, com sede em Lisboa

Início

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PARA CONHECER O QUE SE FAZ NA ÁREA DO AUTISMO (França)




Autisme : "L'État a une obligation de résultat" Le Point - Publié le 02/04/2015 à 11:22 - À l'occasion de la Journée mondiale de sensibilisation à l'autisme, dix familles attaquent l'État français pour faire reconnaître leurs droits. Entretien.

En France, l'autisme est très mal pris en charge, voire pas du tout (ici, marche de protestation de l'association Vaincre l'autisme).

Par 


Chaque année, environ 8 000 enfants naissent avec une forme d'autisme, soit un enfant sur cent. Et 650 000 personnes seraient touchées par des troubles du spectre autistique (TSA) en France. Seulement 20 % de ces enfants seraient scolarisés et 77 % d'entre eux n'auraient pas accès à un diagnostic précoce et à l'accompagnement adapté, une situation déjà dénoncée par le Conseil de l'Europe. Pis, d'après une enquête réalisée en 2014 par le collectif autisme, près de 44 % des personnes autistes ont été confrontées à des mauvais traitements ou des carences en matière de soins.
La Journée mondiale de sensibilisation à ces troubles du développement est donc l'occasion, pour de nombreuses familles, d'exprimer leur colère. Une dizaine ont décidé d'attaquer l'État pour demander réparation de leurs préjudices et... faire bouger les lignes. Leur avocate, Me Sophie Janois, spécialisée dans la défense des personnes autistes, répond aux questions du Point.fr.
Le Point.fr : Quel est l'objectif du recours déposé par dix familles contre l'État en cette Journée mondiale de sensibilisation à l'autisme ?
Sophie Janois : Obtenir une indemnisation pour défaut de prise en charge adaptée de leur enfant autiste et, à travers cela, dénoncer le fait que, en dépit des droits spécifiques qui leur sont garantis, les personnes autistes sont constamment confrontées à leur non-respect, ce qui entraîne des situations catastrophiques, voire indignes de notre pays. 
C'est-à-dire ?
On a longtemps cru qu'en matière d'autisme on ne pouvait rien faire. Mais les choses ont changé depuis que la Haute Autorité de santé (HAS) a rendu ses recommandations en mars 2012. Elle a préconisé d'utiliser des méthodes éducatives, cognitivo-comportementales et développementales. Dès le plus jeune âge de l'enfant, on lui apprend à communiquer à l'aide de jeux ou de pictogrammes. Ces méthodes nous viennent essentiellement des États-Unis et du Canada (A.B.A., T.E.A.C.C.H., P.E.C.S.). Jusqu'alors, les psychiatres d'obédience psychanalytique en charge de l'autisme attribuaient à la mère la responsabilité des troubles de leur enfant, alors qu'il est maintenant établi qu'il s'agit d'un trouble neuro-développemental.
Et que donnent ces méthodes dans les faits ?
Elles ne sont presque pas appliquées faute de formation des professionnels ! En clair, ces enfants ont des droits, on sait comment les aider, mais on les en prive. Les établissements en place ne se sont pas conformés à la recommandation de l'HAS et les instituts médico-éducatifs (IME) sont en nombre trop réduit pour accueillir tous les enfants. De plus, les interventions des personnes compétentes exerçant en libéral ne sont pas remboursées par la sécurité sociale. C'est comme si on disait aux parents d'un enfant atteint d'un cancer que s'il veut faire de la chimiothérapie, il faut aller dans un pays qui la pratique et qui la prend en charge financièrement. De nombreuses familles sont donc livrées à elles-mêmes, faute de place au sein des établissements proposant des prises en charge adaptées. Les parents se forment à leurs frais, s'endettent, deviennent de véritables thérapeutes et assurent eux-mêmes une prise en charge de leur enfant, seule chance aujourd'hui de le voir évoluer favorablement. Il faut savoir que les deux tiers des parents supportent entre 40 % et 100 % du coût de l'accompagnement adapté de leur enfant ! Aujourd'hui, on pourrait vider un tiers des hôpitaux psychiatriques et faire des économies pour les reporter sur la prise en charge des enfants autistes. Ces enfants n'ont rien à faire en psychiatrie. Ce dont ils ont besoin, c'est plus de l'éducatif que de soins.
Sur quel fondement juridique repose l'action judiciaire que vous intentez ?
Sur deux jurisprudences du Conseil d'État qui ont condamné l'État à verser des indemnités à des enfants qui auraient dû être pris en charge dans des établissements adaptés. Il a jugé que l'État avait une obligation de résultat. La loi Chossy de 1996 garantit à toute personne autiste ou polyhandicapée une prise en charge spécifique et adaptée. Or les dix familles d'enfants de 5 à 15 ans que je représente ont été orientées vers des établissements médico-sociaux, mais, faute de place, leur enfant n'a pas été pris en charge.
Que demandez-vous en termes de préjudices ?
Je demande la réparation d'un préjudice moral, le fait que l'enfant ait perdu la chance d'avoir pu évoluer plus rapidement et favorablement. Je demande aussi un préjudice financier qui se traduit par la cessation d'activité des parents ou de l'un des deux, ou le remboursement de ce qu'ils ont payé pour permettre à leur enfant de bénéficier d'une prise en charge adaptée. Cela représente environ 100 000 à 200 000 euros par famille. L'une des deux familles qui a eu gain de cause devant le Conseil d'État avait obtenu environ 150 000 euros pour un an et demi de non-prise en charge.
Avez-vous identifié d'autres dysfonctionnements du système ?
Oui. Une loi du 4 mars 2002 garantit un droit au diagnostic que la HAS préconise de faire à l'âge de deux ans. Or, aujourd'hui, les enfants ne sont vraiment diagnostiqués qu'à l'âge de 6 ans, ce qui crée un retard préjudiciable dans leur prise en charge.
Autre chose, la loi dite "handicap" du 11 février 2005 garantit aux enfants handicapés une scolarisation adaptée en milieu ordinaire, et il est d'ailleurs prouvé que les enfants autistes en tirent grand bénéfice. Malheureusement, l'Éducation nationale est peu encline à les accueillir en son sein, car de nombreux professionnels de l'éducation considèrent encore qu'un enfant handicapé doit être orienté vers le secteur médico-social. Les parents sont donc souvent contraints d'assurer eux-mêmes l'éducation de leur enfant. Je rappelle que le Conseil de l'Europe a condamné la France à cinq reprises pour non-respect des obligations éducatives envers les personnes autistes !