terça-feira, 29 de outubro de 2013

PORTAS DO LICEU FECHADAS A CADEADO EM MOVIMENTO DE PROTESTO CONTRA A FALTA DE APOIOS A ALUNO SURDO.

Alunos surdos sem apoio em Beja (ACT.) COM FOTOGALERIA
Rádio Pax - 29/10/2013 - 00:08
Alunos surdos sem apoio em Beja (ACT.) COM FOTOGALERIA
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A falta de Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa para alunos surdos no Agrupamento de Escolas nº 1, em Beja, está a prejudicar dois jovens.
O Agrupamento, que integra a Escola Secundária Diogo de Gouveia e Santiago Maior, tem apenas um Intérprete.
João, 15 anos, aluno do 10º ano de escolaridade na Secundária Diogo de Gouveia, chegou ao Ensino Secundário, onde "partilha" a Intérprete com um colega do 8º ano que estuda na Santiago Maior. Quando a única Intérprete colocada pelo Ministério no Agrupamento está com um aluno, não pode prestar apoio ao outro. Assim, as duas crianças estão a perder as aulas de várias disciplinas desde o início do ano lectivo.
Ilda Santos, a mãe do João, expôs o problema à antiga Direcção Regional de Educação do Alentejo, ao Provedor de Justiça, à Direcção-Geral da Educação e aos Grupos Parlamentares. Do Ministério da Educação foi-lhe transmitida a informação que não existe “justificação” para colocar mais técnicos no Agrupamento uma vez que são cumpridos os rácios de um Interprete para seis alunos.
No ano passado, antes da criação do mega-agrupamentos, existiam três Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa nas Escolas de Beja. Neste momento estão colocados dois: um que serve um aluno na Escola D. Manuel I e outro que apoia os dois alunos na Escola Secundária Diogo de Gouveia e Santiago Maior.
Ilda Santos está “indignada”. A encarregada de educação acusa o Ministério de “discriminação, falta de respeito pela comunidade surda e falta de sensibilidade”.
Ilda Santos garante que o problema está a “perturbar” o seu filho. Sem Intérprete, o João não consegue aprender e pensa em faltar às aulas. Os professores acabam por sentir-se também “frustrados” por não conseguirem comunicar com o aluno.
Esta manhã, em protesto, os portões da Escola Secundária Diogo de Gouveia foram fechados a cadeado. Cerca de uma centena de alunos, solidários com o João, exigiram a colocação de Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa naquela escola.

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